História da Freguesia esteve em destaque

03-ABR-2023

História da Freguesia esteve em destaque
Por iniciativa do Círculo Português de Estudos Humanísticos, da Universidade Aberta e da Câmara Municipal de Cantanhede, com a colaboração do CHAM, Centro de Humanidades / Universidade Nova e Universidade dos Açores, realizou-se nos dias 31 de Março e 1 de Abril o "II Encontro Cantanhede – História, Arte e Património".

É objetivo destes Encontros anuais rememorar Cantanhede e o seu concelho na realidade do seu património, material e imaterial, na divulgação de abordagens institucionais, económicas, sociais e culturais, reunindo investigadores e interessados, para que, do debate e do cruzamento das diferentes perspectivas, resulte o enriquecimento da memória colectiva.

A Freguesia de Murtede esteve em particular destaque no dia 31 de março, à tarde, com vários apontamentos distintos. A primeira nota de destaque vai para a "apresentação da mostra do espólio recuperado das Irmandades de Murtede e Enxofães", feira pelo Dr. Rodrigues Costa, o mentor deste projeto. O espólio estará exposto no átrio da Biblioteca Municipal até ao próximo dia 29 de abril e a exposição conta com os apoios institucionais da referida Biblioteca, do Município de Cantanhede, da Diocese de Coimbra e da Junta de Freguesia de Murtede.

Num dos fóruns do ciclo de conferências, intitulado "para a História das freguesias do concelho de Cantanhede", foram adicionalmente feitas duas alocuções sobre a freguesia:
* "População e família em Murtede nos inícios de oitocentos", pela Prof. Dr.ª Guilhermina Mota, que referiu várias curiosidade relativas à época de 1800, como por exemplo que se plantaram muitas vinhas e olivais porque os cereais pagavam impostos mais altos, que os homens casavam com uma idade média de 34 anos e as mulheres com 31, que os meses de Setembro e Outubro registavam poucos casamentos (por força das vindimas) ou que o número médio de pessoas por núcleo familiar era relativamente reduzido.
* "Murtede e Enxofães, ou da urgência em salvaguardar o património ali existente", pelo Dr. Rodrigues Costa,  que na sua abordagem referiu o que se tem descoberto sobre o património, destacando a necessidade de salvaguardar diversos edifícios, como a Estalagem de Murtede; o Celeiro do Hospital de S. Lázaro (Enxofães); o cortinhal da Rua José Carditas (Murtede); os fornos da cal (Carvalho) ou os moinhos do Mouriteco, do Ameal e do Ribeiro (Enxofães, Porto de Carros e Murtede, respetivamente).
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